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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Heróis

Quando assistia desenhos animados aos sábados pela manhã, ficava imaginando como seria o meu herói, naquele tempo eu achava o máximo vê-los pulando de prédios para salvar mocinhas indefesas, sem contar o detalhe da cueca por cima da roupa que nunca encontrei uma razão para isso, mas dava um ar de extrema sensualidade. Ficava imaginando situações que correria perigo e ele estaria pronto para me ajudar.
Com o passar do tempo cheguei a acreditar que meus heróis lutariam pela igualdade social como o revolucionário Che Guevara, ou ganharia inúmeras corridas dando-me orgulho ao vê-lo no podium como o Senna. Uma vez ouvindo um dos meus artistas favoritos acreditei que “meus heróis morreram de overdose” e que essa geração que se indignava com a sociedade e entrava nesse mundo de experimentos podia ser até interresante, mas não, eu não queria morrer como eles, eu desejava um herói que me salvasse.
Novamente em frente à TV ouvi Pedro Bial se referir aos habitantes da famosa casa do “Big Brother” como “meus heróis”, e não entendi o motivo. Será que é porque eles conseguiam sobreviver aquela confortável estadia de poucos meses numa luxuosa mansão com piscina, ar condicionado, comidas gostosas, visitas de artistas famosos, ganhando automóveis e ainda concorrendo a um prêmio milionário?! Isso é ser herói? Nossa, quanto sacrifício... Se isso é o real significado, não desejaria esses exemplo de pessoa ideal.
Refletindo um pouco mais, descobri quem realmente teria quesitos para serem apresentados como heróis, os professores. Eles que se relacionam com jovens sonhadores todos os dias, têm em seu papel salvar, isso mesmo, salvar o sistema de educação que se encontra falido num país onde as pessoas não acreditam mais que a educação possa ajudar a melhorar todos os problemas estruturais como a corrupção, violência, falta de saúde. Eles que passam noites acordados fazendo planejamento, deixam de sair aos fins de semana para corrigir provas, se prontificam a ajudar no que tiver ao alcance deles, pelo menos é o que dizem. E possuem poderes, o construtivismo e a motivação que nos fazem continuar lutando por um futuro próspero.


Por Patrícia Pereira, 3º ano

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

A farda



Dentre as coisas que não serão apagadas da minha memória em relação ao colégio, a farda é uma delas. Na verdade não é mais apenas um uniforme e sim a minha segunda pele, assim como o Homem Aranha em sua roupa.
Ela não é diferente do Pinóquio, ganhou vida e nome: chiclete, se é que vocês me entendem. Ao descer as escadas de minha casa com uma roupa qualquer, escuto os choros e quando olho para trás, lá esta ela, a me encarar com aqueles olhos que de alguma forma não me deixam dizer não. Durante as férias, acordo às seis da manhã ouvindo um barulho que vinha do meu guarda-roupas, onde a farda estaria a se bater tentando libertar-se daquele cárcere.
Muitos domingos acordava cedo, atordoado, corria para vesti-lo, como se fosse um dia da semana, mas acabava despertando daquele momento de transe e notava o que estava fazendo agora era eu que ficava triste, por não ter que usá-lo. Já não era mais simplesmente, um adolescente e sua farda e sim um homem e sua amante.



Por José Barbosa, 3° Ano.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

A vocês...

A todos os literários do futuro um

Por Lourena Gomes

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Presentes

Quando vai chegando alguma data comemorativa, os corações vão se exaltando. Pensar no presente especial é crucial. Mas sempre tem aqueles desorientados que chegam para você e com a cara mais lisa do mundo lhe perguntam:
“O que você quer ganhar?”.
O sangue esquenta, o coração acelera e a brutalidade toma conta de você. Para quem não sabe, presente é algo surpresa e a pessoa que escolhe tem que saber o gosto da outra. Se fosse para o presenteado saber o que estava ganhando antes mesmo de receber, não precisava vir empacotado naquele papel super enfeitado, vinha dentro de uma sacola de plástico normal.
Portanto, ao presentear alguém, escolha você mesmo, faça o mínimo de esforço, quebre a cabeça alguns minutinhos e escolha algo legal, capaz de deixar alguém feliz.

Por José Barbosa, 3° Ano.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Felicdade!!

Tantas cores, imagens, poesias que no momento de ressaltar as belezas da vida, faltam-me palavras para descrever o verdadeiro significado da felicidade.
É saber aproveitar as belezas que Deus proporciona a cada pessoa, deixar que o vento as carregue além do infinito, sobre as profundezas da vida. Estar ao lado das pessoas amadas, pois a maior fantasia da vida encontramos ao lado de alguém querido, contudo, são nossos amigos, parentes, namorado que nos fazem felizes.
O espetáculo que o sol faz toda manhã iluminando o dia, clareando os olhos.
A beleza das flores, cada uma com sua cor e aroma.
Obter vitórias almejadas através de esforços e conquistas, aprendendo por meio deles enfrentar as dificuldades da vida, pois cada conquista gera uma imensa felicidade.
A alegria de ser feliz está dentro do coração de cada pessoa, só depende destas desabrochar a flor dentro de si e iluminar ao acordar as ruas por onde passam.

Por Natasha Oliveira, 3° Ano.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Carta



Caxias, 28 de setembro de 1864
Prezado amigo Alexandre Teófilo,
Tenho tido sensações atípicas ultimamente, aqueles estranhos pensamentos sobre minha vida peculiar, a distância do país me afetou de maneira arrebatadora.
Minhas introspecções rondam o meu ser, pois estou com Olímpia, mas sinto falta de algo, que acaba de me aflingir de tal forma que aliada a falta que tenho do país, empurra-me num desfiladeiro emocional no qual a queda é imensa e sombria.
Sinto informá-lo, mas não estou voltando para o Brasil pelas péssimas condições financeiras, devido o falecimento daquele a quem devo o que sou, meu pai, que me acolheu, deu-me estudo, caráter, enfim, tudo aquilo de que uma pessoa precisa para se tornar um cidadão.
Mando recomendações a você e a sua esposa, pois sabemos que és um excelente amigo a quem estimo muito, saiba que vou ao país assim que puder, porque as condições de vida não são suficientes para o meu regresso; como tem passado Feliciana? Por onde ela anda? Peço-lhe que me retorne esta carta pois preciso de noticias da minha amada pátria.
Antônio Gonçalves Dias.

Por Carlos Renan, 3° Ano.

domingo, 14 de dezembro de 2008

A Seca



Regada de sofrimento e de muito suor, a vida de um sertanejo não é nada fácil. Dias e dias sem comida na mesa. O plantio, que é o sustento da família, não prospera e a alegria começa a sumir do rosto das pessoas.
Terra rachada, gado morrendo e a água escassa. A seca não diz quando e nem onde vai acontecer, mas ela vem e traz muita tristeza e muita dor. Esse acontecimento está entrando no cotidiano dessa gente e ninguém faz nada para ajudá-las.
As terras que antes eram produtivas começam a sofrer com a desertificação assim como o sonho do “cabra macho” do sertão de ter uma terrinha para plantar e algumas cabeças de gado para tirar leite começa a desaparecer de sua cabeça, deixando essa gente acostumada com o pouco ou com o nada.
Lágrimas e suor se misturam na esperança de que algum dia a chuva volte a molhar aquela terra, de que os esforços de toda uma vida não seja em vão, de um dia a época de fartura e de alegria volte a rondar o rosto do sertanejo.




Por Rennan Mota, 3° Ano.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Coração



Terminando de ler a carta, abraçou-a contra o peito. Seu coração doía, devido as duras palavras escritas por seu amado. Lágrimas desciam pela delicada face.
Andou, em passos lentos, até o sofá, sentou-se. Por que tinha que ser tão difícil manter um namoro? Por que ele tinha que terminar tudo por uma carta?
Apertou mais a folha de papel contra si, as lágrimas intensificaram-se. Lentamente abriu os olhos esverdeados, sua expressão era sofrida.
Com as costas das mãos tentou enxugar os olhos. Quando voltou a abri-los sua expressão era diferente. Tinha raiva. Ele não merecia seu sofrimento.
A fúria guiou-a até um lugar que ela não conhecia. Escutou uma voz conhecida atrás de si. Virou-se; era ele. Sorriu olhando-o. Tirou do bolso a carta, mostrando-lhe. Ela o viu gargalhar.
Com a mão direita ela ergueu um punhal e lançou-a contra o peito dele. Vendo-o no chão, foi até ele e realizou seu desejo de ter o coração de seu amado. O sangue escorria pelos finos dedos femininos, enquanto apertava o órgão em sua mão.



Por Edilainy, 3° Ano.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Passei!!!!



Estava afetado com idéias que rondavam a minha mente fértil, devido algo que estava acontecendo comigo, uma sensação atípica que me trazia uma felicidade indiscutível, cujas minhas singelas palavras não podem comensurar a emoção que tomou conta de mim naquele dia.
Encontrava-me bastante tenso e nervoso, mas ao mesmo tempo confiante, quando conferi as prévias dos resultados, achava que poderia passar, mas tinha algumas desconfianças por conta da ansiedade com a qual me defrontava, mas já havia entregado tudo a Deus, porque só ele poderia me amparar.
Minhas mãos estavam gélidas, meu coração pulsante quase saindo pela boca, respiração ofegante, mas simultaneamente relaxado, como se estivesse em transe psicológico, fui olhar o bendito resultado da prova do vestibular, que tanto habitou meus pensamentos, não só os meus, mas a dos meus amigos que também fizeram esta avaliação.
Depois de controladas as situações adversas, o resultado não havia saído, então fui para casa , logo após saí para a igreja para pedir uma intervenção divina, de repente quando chego em casa minha amiga liga dizendo:
- Você passou!
Foi a melhor sensação de minha vida.



Por Carlos Renan, 3° Ano.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Ela

Ela era uma menina comum, dessas que se vê por aí. Nem alta, nem baixa. Tinha cabelos loiros, rosto pálido e era magra. Andava por aí, pelas ruas do Recife como tantas outras. Como tantas outras, não. Alguma coisa nela era diferente. Bastante olhá-la com mais atenção para perceber.
Era uma menina leitora também, lia como poucos da sua idade. Pelas ruas do Recife, andando livremente, levava sempre um livro nos braços. Eram livros pequenos e grandes, às vezes maiores que ela própria. Novos ou velhos, com a capa soltando, não se importava. De origem simples, ela queria ler. Monteiro Lobato, Alexandre Dumas, Júlio Verne... Quantos terá lido? Não se sabe. Lera muito. Era uma paixão inominável, a que sentia pela leitura! Desde sempre fora assim.
Lia e via o mundo. Olhava curiosa e atenta tudo ao seu redor. Tinha um jeito próprio de entender as coisas. O seu mundo era as ruas do Recife, por onde, com tal habilidade, andava. Assim cresceu leitora e curiosa. Tornou-se uma mulher singular.
Por Mateus (Teteus), 3º ano

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Ela



Era alta, esguia, tinha os cabelos escuros e um olhar que apenas os sonhadores reconhecem. Trazia o seu gosto pela leitura estampado da face, traduzido em olheiras profundas que aumentavam a cada dia com as noites perdidas. Costumava usar as madrugadas para se entregar à leitura e mergulhar no mundo dos seus autores prediletos, que era sempre melhor do que o seu.
Tinha origens humildes, mas não deixava que isso a impedisse de sonhar e algum dia conseguir tudo que lhe faltou na infância. Queria bonecas, mas não tinha; queria atenção, mas todos estavam sempre muito ocupados. Quando crescesse, montaria uma biblioteca no seu quarto, já que os livros nunca fizeram parte das prioridades dos seus pais. O salário era curto e as despesas eram altas. Precisava entender. Enquanto isso pegava livros emprestados com as colegas e freqüentava grandes livrarias.
Era uma criança introspectiva e, por esse motivo, não tinha muitos amigos. Também não sentia falta deles, já que a única companhia que precisava estava sempre nos seus braços e podia ser lavado para qualquer lugar. Cresceu assim: meiga, solitária e muito feliz. Aprendeu cedo que as pessoas sem sempre são do jeito que idealizamos e que a melhor maneira de viver é sonhar.




Por Érica Sales, 3º ano

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Ela



Não que ela fosse um exemplo de beleza, ela era uma moça simples e que no fundo não se preocupava com moda, com sua pele, muito menos com a sua paciência. O conhecimento era a única coisa que tomava o seu tão preciso tempo.
Humilde e sábia, Deus tinha sido generoso com ela, tinha uma pele lisinha, um cabelo bonito, que com um simples penteado, dava-lhe um ar angelical. Ela era branquinha com um copo-de-leite e delicada como o pôr-do-sol.
Sua ingenuidade era bela, era uma ingenuidade típica dos românticos. Sim, ela era como os românticos, parecia um ser utópico, um seu que só é visto nos livros e eram dos livros que ela tirava o seu modo de vida.
Não viveu o bastante e nem leu tudo para conhecer todos os perigos que a vida poderia lhe proporcionar, mas com o passar do tempo ela se tornaria uma mulher como poucas, uma mulher que saberia o que realmente é viver.




Por Rennan Mota, 3º ano

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O Candelabro



Parecia um pequeno candelabro sem velas, caminhavam do “estacionamento” (silenciosamente e em passos lentos) e entravam em uma casa. O domicílio era grande e de aparência luxuosa, porém era escuro e sombrio, não dava para ver a seu interior. Todas as janelas estavam fechadas menos a porta por onde entravam, que parecia um portal negro de onde nada mais sairia.
Olhava da sacada de seu apartamento, a atmosfera era densa: não passavam mais carros na rua, o vento frio batia em seu rosto e a solidão era a sua companheira. Não conseguia dormir, aquela cena o atormentava todos os dias. A cada noite, pessoas e mais pessoas penetravam na casa, mas nenhuma delas voltava. Não fazia sentido! Ele tinha que ver, precisava saber, aquele lugar o chamava.
Decidiu no dia seguinte que iria ao local. Foi pela manha. Continuava tudo trancado, sua tentativa foi em vão. Era persistente: vestiu-se da mesma maneira que elas e se infiltrou no horário da “reunião”. Todos entravam e não trocavam gestos ou palavras, ao adentrar não tinha mais ninguém, havia o candelabro a sua frente, depois não viu mais nada.



Por Fernanda Soares, 3° ano.

É Hora de Aproveitar...


Por muitas vezes dizemos: "ah, se eu soubesse...

Mas agora nós sabemos
Sabemos que é um ponto final.

Sabemos que a vida nos separa.

Então, é hora de aproveitar.

Aproveitar cada instante vivido,
cada sorriso dad ou recebido.
cada abraço, cada beijo.

Dizer que sentiremos falta um do outro é pouco,
Morreremos de saudade.
Então é hora de aproveitar...

Olhar com o maior carinho que tivermos no olhar.
Abraçar com todo calor que existir nos braços.
Escrever cartas,
Relembrar momentos...

É hora de aproveitar os últimos instantes.
Aproveitar a companhia um do outro.
Reforçar laço, fazer laços.

É nessa hora tão intensa
Que lhes digo:
Sempre será hora de aproveitarmos.
sempre seremos AMIGOS!!!

Essa é uma pequena homenagem aos meus alunos queridos, aos meus LITERÁRIOS DO FUTURO.

Por Lourena Gomes, coordenadora do blog.

domingo, 30 de novembro de 2008

Felicidade



Apesar de ser o objeto de desejo da humanidade desde as épocas mais remotas, a felicidade ainda é uma incógnita. Talvez ela não esteja no fato de alcançar um objetivo, mas sim no sacrifício que foi necessário até lá. Nesse caso, o sofrimento é apenas um tempero para o sabor da vitória, já que não existe alegria maior do que aprender com os próprios erros.
A felicidade momentânea pode até vir de coisas materiais, mas a felicidade duradoura está na simplicidade da vida. A alegria pueril de tomar um sorvete e sujar a roupa inteira, não custa um milésimo do que algumas pessoas acreditam ser a felicidade e, em busca dela, perdem a vida inteira trabalhando. É incontável o valor de uma boa companhia, de caminhar descalço pela praia, de dar um presente sem motivo especial, ou mesmo de estar entre os amigos.
A felicidade não deve ser um estado de espírito, mas sim algo que vem da percepção do dia-a-dia. As pessoas felizes sabem valorizar as coisas boas, superar as ruins e harmonizar o meio em que vivem. Talvez seja essa a solução para a maioria dos conflitos humanos: deixar de buscar a felicidade como algo inatingível e passar a vivenciá-la.



Por Érika Sales, 3° Ano.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Carta de Capitu.



Rio de Janeiro, 25 de novembro de...
Querido Bentinho,
Não sei ao certo como começar essa carta, estou em meio a escuridão do meu leito de morte. Apesar das suas dúvidas em relação a mim, acredito que não fiz nada de errado. Escrevo porque preciso esclarecer certos acontecimentos. Lembra-te dos pais de Sancha, que afirma como sou parecida fisicamente e também no gênio com a esposa dele?
Existem semelhanças inexplicáveis no mundo, o que justifica as características de Ezequiel e Escobar. Sempre incentivei o relacionamento do nosso filho com Capituzinha, isso mostra que não existe parentesco entre os dois. Se tivesse, nunca permitiria essa união. Lembre de outro momento, a morte de seu melhor amigo, as minhas lágrimas foram de pena e de tristeza, de um pai ter morrido tragicamente, deixando uma filha. Estava imaginando o que é perder alguém que faz parte da nossa vida.
Acabo essa carta com uma pergunta, “por que o ciúme leva-nos a imaginar coisas que realmente nunca aconteceram?”. Deve está pensando algo nesse momento, creio eu. Acabaste com sua família e com as pessoas que sempre o amou...
Beijos, Capitu.

Por Jaina Moreira, 3° Ano.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Menina de mente nobre



Tinha mania de sonhar, falar muito e principalmente o hábito de ler, era onde se esbaldava, viajava dentro de um livro, aprendia sobre a vida colocando-se no lugar de seus heróis favoritos. Em suas andanças no mundo da imaginação literária, amadureceu idéias, já não era uma menina e sim uma mulher, mulher de atitudes.
Uma garota encantadora e decidida. Ser madura proporcionou-lhe um ar mais feminino, sensual, apesar de seu magro corpo de menina, mas com uma suavidade essencialmente arrebatadora, conseguia penetrar no íntimo de uma pessoa com um simples olhar. Seus cabelos, ainda virgens, eram lindos e no seu farfalhar subia um cheiro de frutas silvestres.
Todos os aspectos lhe mostravam digna de uma senhora da alta sociedade, sua esperteza e conseqüentemente sua beleza, mas era apenas uma garotinha que em vez de brincar de bonecas, se afogava no interior de um livro. Ela não precisava crescer mais, já tinha uma mente adulta.
Foi alvo de muitas paixões, mas não eram espertos, nem capazes de entender e acompanhar seu raciocínio, isso gerava inveja na outras meninas, mas ela não ligava, tinha a mente grande, não pensava em pessoas, mas em ações.
Por Welleson Costa, 3º ano

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Vidinha 2

A vida que alguns levam pode ser considerada uma vidinha, é verdade, mas o que seria uma vidinha? Teoricamente, uma vida curta, até mesmo sem tantas aventuras ou sem oportunidades maiores, mas quando sabemos diferenciá-la?
Um dia desses, quando eu era um pouco mais nova, perto da minha casa, morava uma família bem grande: pai, mãe, sete filhas e um neto que acabou nascendo com uma doença muito grave e morreu aos cinco meses. No velório só o que se dizia era que o pobre coitado tinha tido uma vidinha que por sinal foi muito injusta.
Algum tempo após a morte do garoto, mudou-se para minha rua outra família: era pequena, só dois filhos e muito revoltados, típico de adolescente, um dia são roqueiros; depois, patricinha e mauricinho e logo é EMUs. Para minha mãe, aquilo é loucura, melhor dizendo, segundo ela gente que nasceu para ter uma vidinha. Como? Vidinha? Ou uma vida enorme, com mudanças. Será que ela quis dizer que eles iriam morrer logo? Quer saber uma coisa: chega!
Bem, mais um fim de dia, e eu sem saber como se leva ou se defende de uma vidinha, até porque, mesma sem saber o significado da palavra: grande, pequena, louca... É melhor continuar com a minha vida, normal e simples, cheia de coisas do cotidiano, do que se aventurar nessa.

Por Andrezza Marques

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Renascer



Já era tarde, meus olhos não viam mais a luz do abajur, deitei no sofá, coração acelerado, eu estava prestes a morrer. A morte não era mais um fim e sim um começo, olhei fotos que antes não significavam nada, mas naquele instante, lágrimas escorriam pelo meu rosto.
Continuava a seguir em frente, cada passo que dava, mais lágrimas derramava. Tinham retratos pregados nas paredes. Relembrava fatos vividos, de momentos desperdiçados. Por que isso estava acontecendo? Nunca fui a nerd da sala, sempre me comportei mal, não me importava com os outros, mãe e pai só se preocupavam quando algo serio acontecia e me recordo da cena quando briguei com a garota na sala de aula. Quase fui expulsa, só não aconteceu porque era filha do diretor da escola.
Cheguei em uma porta que tinha escrito com letras em negrito “ Felicidade, abra e saberá o que é!”. Tive medo, era uma sensação inesperada. Entrei, sonhos de uma família feliz. Acordei, estava no quarto de hospital, minha mãe estava do meu lado segurando minha mão, percebi que estava na UTI e vi que era um recomeço de uma vida e faria tudo diferente.




Por Jaína Moreira, 3º ano

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Pobre é Osso

Pobre no tal hotem luxuoso. O de vermelho com óculos esporte é o autor.
Pobre é osso! Nessa semana fui para um hotel lindíssimo em outro estado. Ainda estou pagando. Passei meses para juntar as primeiras parcelas dessa viagem. O cheiro de pobre começa a tomar conta do ar. É brincadeira, a pessoa só porque tem uma câmera, que por sinal é emprestada, fica tirando foto dentro do banheiro do ônibus?
O lugar lá é chique. Só para você ter uma idéia, a porta do quarto só abre com um cartão magnético, e como pobre é osso, passa o cartão várias vezes apenas para sentir o prazer de abrir aquela porta “diferente”. Sem falar no chuveiro, que era elétrico e tinham duas opções: uma quente e outra pelando o couro.
Ô besteira, lá em casa nem tem chuveiro elétrico, mas também é quente, pois a caixa d’água é descoberta.
Não podendo esquecer do almoço. Ao começar pela fila. Pobre adora fila! Quando finalmente chega a sua vez é aquela festa, não sabe nem o que é que está comendo, o prato era uma montanha para encher o “bucho”, pois eles não iam dar merenda e nem jantar.
Enfim, foi bom enquanto durou. De volta a velha carne de lata com arroz. A vida continua, mas as lembranças de lá vão ficar para sempre inclusive aquele cartão que passa na porta que eu peguei para mim.

Por Robson Vieira, 3º ano

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

As Coisas Mudam



Tudo começou às mil maravilhas. Ele dizia que sabia exatamente o que queria e ia lutar por isso a qualquer custo. E aquilo que antes era “apenas” uma grande amizade tornou-se a possibilidade de um amor.
Aquela ansiedade, olhando para o telefone que não demora a tocar, horas conversando bobagens. Aquele sorriso que chegava a deixar a boca doendo de tanto tempo que ficava no rosto, porque este permanecia o dia todo. Eram muitas ligações: “Bom dia, meu amor; estou saindo para almoçar; queria só ouvir a sua voz; escutei uma música e lembrei de você; boa noite; esqueci de dizer que te amo”. Todos os dias estavam com saudade e quando se encontravam era aquele abraço de mais de meia hora, exagero, mas era quase isso. E as mensagens, “Você estava linda, maravilhosa...”.
Com o tempo já não se viam mais todos os dias, as ligações rápidas, os sorrisos rápidos, os abraços rápidos e tudo isso, dizia ele, por motivos exteriores, trabalho, família, cansaço e ela com a louca vontade de perguntar – E onde eu entro nessa historia? – mas não, seria egoísmo demais, tinha que entender tudo, com o tempo as coisas iriam melhorar. E não melhoraram.
Agora não conseguiam conversar por mais de dez minutos, o silêncio... Apenas boa noite. Será que vale a pena esperar mais? O tempo não ajudou em nada, aliás, o tempo que nos fez chegar a situação atual? O tempo... Saudade daquele tempo. Ah tempo! A tempo. Há tempo?



Por Patrícia Pereira, 3º ano

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Explicação



Vestibular chegando e as neuras começando. Pra que melhor?!? Pois foi isso que aconteceu com o terceiro ano há algumas semanas, eles começaram a escrever sobre AMOR e uns iam discordando dos outros, formaram grupos de opiniões. Claro que essa discordância foi literária. Que orgulho, agora meus alunos discutem assuntos do dia-a-dia através de textos.


Eu tenho ou não o direito de ficar toda besta??? rsrsrs.





Por Lourena Gomes, coordenadora do Blog e professora dos alunos escritores.

Sabemos realmente o que é o Amor?





Sim, sim, concordo plenamente quando se diz que ao perguntarmos a alguém o significado do amor receberei várias respostas, mas não porque não exista um significado concreto, mas por ser um sentimento criado pelo Homem tem seu significado pessoal. Para mim o amor é algo que não tocamos, não vemos e nem sempre verdadeiramente sentimos. É um sentimento do qual o Homem tornou-se dependente.
O amor conjugal existe para que as pessoas passem toda sua vida em busca de sua “alma gêmea”, em busca de alguém que as complete, as entenda, as ame, construindo assim uma sociedade de pessoas vazias e sem amor próprio. E é por falta desse amor próprio que não somo capaz de verdadeiramente amar a pessoa que está ao nosso lado, afinal se não amamos a nós mesmo como seremos capazes de amar outro alguém?O que gostamos na verdade é aquilo que a pessoa nós oferece: a atenção, o carinho, a compreensão, a companhia e a prova disso é que quando “o amado” passa a não a atender aos nossos padrões de perfeição o “trocamos” por alguém que teoricamente amamos mais!
O amor é um sentimento contraditório no seu simples existir,afinal o que falar das pessoas que batem, seqüestram ou matam e ainda alegam com convicção:”Fiz isso por amor”?Sim, sei que não são pessoas psicologicamente normais, mas isso dentro de padrões pré-estabelecidos por nossa sociedade, pois no intimo daquele individuo ele está fazendo o que seu coração manda. E nós, será que respeitamos o tal do amor?
Quando “trocamos” alguém que nós ama infinitamente por alguém que nós dizemos amar mais, será que estamos sendo juntos?E quando dizemos: “Eu só amo quem me ama”, ou quando desejamos mudar a pessoa amada será que estamos verdadeiramente cumprindo o amor?
É por isso que digo que o amor é impulsionado pelo interesse. Interesse de se sentir amado,de amar,de ter aquela pessoa perfeita só para você,o simples interesse no prazer inexplicável que “aquela pessoa” nós proporciona quando está ao nosso lado.Tudo causado pelo interesse que por sua vez é conseqüência da carência,falta de amor próprio e falsa necessidade de se sentir amado.




Por Aiana marques, 3º ano

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Não Existe Amor.



“Nunca amamos ninguém. Amamos, tão somente, a idéia que fazemos de alguém. É um conceito nosso, em suma, a nós mesmos que amamos”. O poeta tem a sua opinião para uma tão complicada e duvidosa pergunta. Existe o amo?
Primeiramente, o que ele é? Deve ser um sentimento-produto criado pelos capitalistas para explicar a visão que temos de uma oura pessoa. Não, não uma visão, mas a falta dela. E assim, utilizar desse pretexto e induzir os amantes de que quem ama, compra. Ou talvez o amor seja a falta de sentimento de alguém por alguém. Ele nos cega, nos faz de idiota. Não é possível que uma pessoa olhe para a outra e não veja aquela barriga em excesso ou aqueles vícios de linguagem que tiram qualquer um do sério. Por isso o amante é um cego, um ser dotado da completa falta de sentimentos, ou seja, ele ama.
É impossível definir o que não existe. Isso mesmo, não há o amor. Ele nem mesmo é o nada. É a falta do nada, é a falta de tudo. É um vazio maior que o vácuo, que suga todas as coisas com maior eficiência que um buraco negro. Ele não constrói o mundo, ajuda a acelerar a sua destruição.



Por Vitor Valann, 3º ano.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Amor...Ainda Existe?


Amor, palavra tão pequena e ao mesmo tempo tão cheia de significados, tantos que se perguntarmos para as pessoas qual o verdadeiro, muitas dirão que não sabem o que realmente significa. É um momento, um sentimento, algo incontrolável ou uma mistura de tudo isso?
Existem pessoas que dizem que não necessitam de amor para viverem, que não necessitam se sentirem amadas. O mundo está ficando careta. O mundo está ficando sem cor. O mundo está perdendo a verdadeira essência do que realmente é necessário.
Roupas, eletrônicos, calçados, jóias, para que mais do que isso para me sentir feliz? As roupas me caem bem, parece até que estou sendo acariciado por elas. As jóias brilham como se fossem olhos que estão na minha frente cheios de sentimentos. Calçados massageiam meus pés como se fosse o meu amor que estivesse fazendo uma boa massagem.
O tempo passa e as roupas não caem mais tão bem, o brilho das jóias já não é mais o mesmo, os calçados já doem, já pesam e não vejo a hora de tirá-los e o pior de tudo, estou só. Não tenho ninguém para me acariciar, nem para me fazer uma massagem, menos ainda para me dizer “eu te amo”.
Agora vejo que o amor é algo tão bom que nenhum objeto pode substituí-lo, somente uma pessoa tem capacidade de demonstrar tal sentimento. Hoje encontrei o meu Amor. No instante que estou com a pessoa amada o friozinho na barriga é uma sensação ótima que nenhuma jóia pode proporcionar. Toda vez que ouço o “Morzão, eu te amo” me derreto e me sinto a pessoa mais feliz do mundo.
Amor não esta fora de moda. Amor não pode ser esquecido. Amor não pode ser abandonado. Eu era um descrente no amor e hoje percebo que amar é a melhor coisa na vida. Todos que dizem que não precisam amar é porque ainda não sentiram o que é ser amado, nunca sentiram o friozinho na barriga, nunca sentiram uma pessoa ao seu lado dizer verdadeiramente “EU TE AMO”.

Por Rennan Mota, 3º ano

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Vidinha



Um dia desses eu estava caminhando perto da minha casa e , como sempre, tive que desviar meu rumo: descer da calçada que estava tomada pela imensa fila para o hospital publico. Fui passando pelas pessoas de cara tristes, provavelmente sentindo dor ou com um parente doente, em pé debaixo daquele sol, e minha atenção foi para o finzinho da conversa de uma senhora com o braço na tipóia com uma moça que estava na sua frente:
—... É, minha filha, isso aqui não é vida, não... E eu, uma velha, tendo que passar por isso...
“Isso aqui não é vida, não”. Essas palavras ficaram dançando na minha mente. Quantos brasileiros têm a infelicidade tamanha para dizer uma coisa dessas? Aquela idosa era apenas uma cidadã no meio de muitos que estavam naquela fila (dos vários de todas as filas de todos os hospitais) que estão em busca da melhoria na saúde, um dos nossos “bens” mais preciosos. Quantas pessoas “estão na fila” por alimentação, por educação?
Culpar o governo pela carência de melhorias básicas para uma vida digna é o que basta? Sim! São eles que administram isso... Mas, pensando bem, que os escolhe somos nós. E como é que a gente vai escolher direito, com essa falta de instrução? É um ciclo! A velhinha tinha razão: Ê vidinha!




Por Beatriz Ribeiro, 2º ano manhã

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Entrevista

Ele foi um aluno J.A (Colégio José de Alencar) e ainda hoje faz parte da instituição, porém, agora como um integrante do nosso corpo docente. Confira algumas revelações sobre a vida pessoal e profissional do nosso entrevistado do mês: Mácio Lima. Foi maravilhoso para nós entrevistarmos esse menino, homem, professor e contar com toda a sua sinceridade e carisma para trazer até você um bom trabalho. Conheça mais um pouco desse talento que torna as nossas aulas de física muito mais divertidas.

É PRA JÁ: Por quantos anos você estudou no colégio José de Alencar? Em quais séries?

Prof. MÁCIO: Estudei por treze anos, da alfabetização ao 1º ano do Ensino Médio.

É PRA JÁ: Qual foi o período da sua vida em que você deixou de estudar?

Prof. MÁCIO: Em agosto de 1994, estava cursando a 8ª série (atual 9ºano), mês em que minha mãe faleceu. Fiquei ausente da escola por um ano.

É PRA JÁ: Isso teve alguma influência na sua carreira?

Prof. MÁCIO: Talvez. Não consigo afirmar, pois não tinha objetivos muito claros nessa época. Eu era muito mimado, não tinha uma visão de mundo, mas com certeza o falecimento de minha mãe foi motivo para eu amadurecer mais rápido, tanto que tinha todos os motivos para não resistir ao abalo emocional, porém consegui.

É PRA JÁ: Na época você recebeu algum apoio do colégio?

Prof. MÁCIO: Sim. A tia Albaniza me deu todo apoio e incentivo para que eu não deixasse a escola, mas acho que precisava da pausa para refletir. Não tinha esse objetivo, pois não sabia ao certo o que estava fazendo. Era mais vontade de ficar em casa sem fazer nada que fator emocional. Depois vi que foi necessário.

É PRA JÁ: Quais as diferenças mais notáveis entre o ontem e o hoje no J.A?

Prof. MÁCIO: Primeiro a estrutura física da escola. Não tinha o Alencarzinho, nem a parte do Ensino Médio. No ano em que sai da escola definitivamente havia dois anos de construído.
Sobre a estrutura educacional mudou um pouco. Os professores não são mais os mesmos (apenas a professora Lucia e o professor Evandro continuam), já a disciplina era muito parecida com a qual vocês fazem parte hoje.

É PRA JÁ: Então quer dizer que a pedagogia do colégio não mudou muito esses anos?

Prof. MÁCIO: A forma pedagógica foi muito modificada sim, o ensino se renova a cada dia, me refiro as disciplinas que vocês conhecem hoje (português,matemática,física...).

É PRA JÁ: Como você se descobriu na profissão de professor?

Prof. MÁCIO: Não virei educador por vontade, foi por vocação. Não sabia, mas tenho essa vocação há muito tempo. Sempre fui muito comunicativo, prestativo, humano. Ainda choro quando vejo dificuldade nas pessoas. Comecei a lecionar quase que sem querer, porém vi nessa profissão a missão e oportunidade de ajuda ao próximo. Não sou uma pessoa que cultua alguma crença mundana, mas uma pessoa que gosta de unir pessoas, não em torno de mim, mas em busca de um propósito para elas. É muito gostoso dar carinho,dedicação,amor a quem precisa.Todos nós somos carentes.Por isso acredito muito no que faço.Aproximar-se dos meus alunos de forma intensa e intrínseca,pois assim acredito que possam deixar que eu seja amigo, titio, papai de todos.

É PRA JÁ: Fale-nos mais sobre seu relacionamento com os alunos.

Prof. MÁCIO: Sou muito bem relacionado com vários ex-alunos e atuais amores. Posso exemplificar alguns casos iluminados. Tenho muito orgulho de dois grandes ex-alunos meus, Lucineudo Machado e Ernandes, casos totalmente opostos. O meu querido amigo professor Lucineudo foi meu aluno na minha primeira turma de 3ºano juntamente com o Ernandes. O Lucineudo virou um grande professor, realizou seus sonhos e vem realizando, não porque acreditou em mim, ele apenas foi ele mesmo, o tempo todo e mostrou que ele é capaz de ser um grande homem, ser um profissional de qualidade excepcional. Já o Ernandes não entrou na universidade, mas viu que a vida é linda, ele também é uma ótima pessoa com seu jeito de ser, mesmo não sendo universitário, tanto que virou um irmão mais novo que nunca tive. Isso é o incrível de ser educador, o amor que ganho e conquisto todos os dias. Agora estou lutando por amores como vocês duas (Aiana Marques e Erika Sales – alunas do 3º ano J.A ), maravilhosas, cheias de vidas, loucas para virarem universitárias. O vestibular vai acontecer na vida de todos vocês, mas antes não esqueçam de serem felizes. Adoro meus alunos.

É PRA JÁ: Se pudesse o que mudaria em seus alunos?

Prof. MÁCIO: Nada, pois não precisam mudar, precisam se conscientizar.

É PRA JÁ: E os eventos? Como eram na sua época de aluno?

Prof. MÁCIO: Alguns mudaram como a Copa Alencarina que virou Olimpíadas Alencarina outros não existiam como o Alencartes e Eco Vida. Na minha época os jogos eram contra outras escolas e tinha o interclasse, mas a Semana Cultural ainda é o grande momento, felizmente e eu não tinha tantas facilidades como hoje. Era realmente produzida por nos alunos. Ensaios, coreografias...

É PRA JÁ: Macio, queria encerrar essa nossa "entrevista", ou melhor, bate-papo pedindo que você deixe um recado para a turma J.A em especial os alunos do TERCEIRÃO – 2008.

Prof. MÁCIO: Ilusão. Parece até uma ilusão estar falando sobre alunos que estão prestes a dar um passo importante em suas vidas, poderão nunca mais ser as mesmas pessoas. Podem até nunca mais se verem, mas nunca vão deixar de ser amigos. Devemos cultivar a esperança de felicidade entre nós. Sou profissional e devo orientá-los a solucionarem uma prova de física que parece ser impossível. Porém a nossa realidade foi possível. Nosso convívio real. Tivemos problemas, desentendimentos, mas tivemos alegrias, esse sentimento de estar feliz, ”EU SOU FELIZ!”, é a grande sacada do grande vestibulando. Vocês não precisam demonstrar nenhuma competência para nós educadores e familiares que fazemos a educação de vocês. Vocês devem mostrar que já conseguira maturidade suficiente para atingir objetivo. Não desistam, nunca de realizar, o vestibular de vocês, sorrindo, felizes, assim vocês terão e aceitarão a competência de vocês mais inocentemente. Tenham certeza do sucesso, briguem pelo presente, pois o futuro de vocês já é brilhante.

Por Aiana Jéssika, 3º ano.
ESCLARECIMENTO:
Essa intrevista foi feita quando havia uma idéia de termos uma revista, que se chamaria "É prs JA". Como não foi possível publicar a revista, então tive a idéia de postar paulatinamente os textos que foram escritos para a Revista aqui.

Lourena Gomes, professora coordenadora do blog.

Fórmula 1


Felipe Mass é hoje o melhor piloto automobilístico do nosso país. Tem tudo de melhor aos seus pés: um grande número de admiradores, uma boa equipe, um dos motores mais potentes de sua categoria e outros fatores positivos. Então qual é o problema? Talvez por ter tudo isso aos seus pés, faça com que torcedores e a imprensa fiquei de olho grande.
"Fica namorando em vez de se concentrar..."
"Restando apenas três voltas para o fim, o motor de felipe Massa explode! Que pena, amigos..."
Talvez o problema esteja em sua namorada, que sempre que pode, está lá, acompanhando seu amado que nem uma pulga com o cachorro. Se bem que a equipe deveria ficar de olho nisso. Aliás, nada posso falar de bem da Ferrari... Que falta de organização! Quando o alemão estava lá, tudo saía certinho.
Olhando bem, Massa pode está merecendo esse segundo lugar de hoje, o primeiro pode ser mesmo melhor que ele, se ganhar o campeonato.
"Eu sempre acreditei nele!"
Para que isso ocorra, seria melhor a Ferrari ficar de olhos bem abertos para seu namoro e para seus mecânicos. Aí sim vai dar tudo certo, como dizia o Pastor Neto, aliás, onde estar ele, hein?





Por Lucas Rafael, 2º ano manhã

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Conto de Fadas!



Sentado com meus amigos no horário de almoço, começamos a comentar sobre os contos de fadas. Eles foram criados para trazer uma esperança ao coração das crianças que estão em processo de formação, mas pára tudo. Em cada conto existem coisinhas que, a meu ver, poderiam acabar com esse clima de “no final tudo se resolve”.
Falamos sobre a princesa Ariel, história linda, uma menina-sereia que saíra do mar para ficar com o príncipe humano. Até aí tudo bem, mas já imaginaram o cheiro de peixe que sairia dela? Eu não beijaria uma boca daquelas nem com um prendedor de roupas no nariz.
A Cinderela, na verdade, era uma preguiçosa que não queria fazer nada, só ficar na folga, mas espera aí, ela era uma agregada, sem família, que não trabalhava!? O que custava ajudar nos serviços domésticos? O que custava lavar alguns pratos, varrer a casa e preparar a comida?
Sem contar que a história ainda mente. Se tudo que a fada madrinha transformou iria voltar ao seu estado normal a meia-noite, por que o sapato de cristal ainda perdurou até o príncipe achar a sua amada? Hein?
Passamos para a Bela e a Fera, no final da história descobrimos que a Fera era o verdadeiro amor da Bela e que se torna tudo muito lindo, mas ninguém tira da minha cabeça que no início tudo era pelo dinheiro, a Bela era uma gananciosa, só ficara com a fera por conta de seu dote. Sem contar na fala dela com os objetos, nos dias de hoje isso tem outro nome. Drogas, e das potentes.
A Rapunzel e suas longas tranças loiras para que o seu amado príncipe pudesse subir até o alto do castelo. Mas isso era um cabelo ou uma escada? Não existe couro cabeludo que agüente uma pessoa subir uma grande altura, sem falar na idade da Rapunzel. Ela deveria ter uns duzentos anos para ter um cabelo tão grande. Imagina o grude que aquele cabelo estaria, nunca deve ter sido lavado.
Conversa vai, conversa vem e no fim concluímos que contos de fadas, para criança, são ótimos, eles são inocentes demais para pensarem no lado negro de cada história, mas nós, adolescentes, com uma cabeça que leva tudo para o “lado da maldade” e sem nada o que fazer, pensamos em todas essas histórias e notamos que nem tudo é um mar de rosas.
Por Rennan Mota, 3º ano

domingo, 2 de novembro de 2008

Na escola!

O de Vermelho é o autor - Robson e o de azul é o nerd que provavelmente aparecerá com o olho roxo e ninguém sabe por quê.

Boa parte de nossas vidas passamos no colégio. É nele que fazemos quase todas as presepadas da vida, quase sempre quando o professor está de costas, pois se ele pegar, já era. Os que estão no meio da brincadeira nunca se entregam, porém tem sempre aquele “X-9” da sala que "escarra" todo mundo. Depois, esse dedo-duro aparece com o olho roxo e ninguém sabe porque foi!
Fora isso a escola nos proporciona momentos diversos, desde a primeira namorada até a primeira suspensão. São períodos de muita aprendizagem não só em relação à matéria, mas também em vivência. Os professores também são importantes mesmo dando carão e botando a gente pra fora de sala. Sem falar nos amigos, mas amigos mesmo, não colegas; são pessoas que posso contar por toda a minha vida e que ajudam a pagar a janela que quebramos mesmo que eles não tenham nada a ver com a história. Tem também os fornecedores de pesca, na verdade uma grande máfia, com plano de execução e tudo, todos sentam perto do nerd e se ele não der pesca é queima de arquivo.
Depois que acaba o período colegial a vida perde um pouco de graça. Mas com certeza algumas coisas ficam, como a malandragem de furar a fila da cantina ou o simples faro de respeitar as pessoas; na frente delas, né?! Por que se ela se virar!




Por Robson Vieira, 3º ano.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Reminiscências



Árvores sangravam, tinha fogo por todos os lados, de repente uma chuva quente e fétida começava a cair. Acordou, respingos de vômito alcançavam seu corpo, levantou-se, pôs a mão na cabeça, ela doía, estava de ressaca.
Olhou para os lados, viu roupas espalhadas, copos com bebidas já quentes, várias pessoas deitadas no chão, nos sofás, alguns cobertos apenas por almofadas. O homem que o vomitara estava a se vestir.
Definitivamente não sabia onde estava, nem como tinha chegado naquele lugar, nem sequer sabia quem eram aquelas pessoas, mesmo assim não ousou trocar uma palavra com aquele homem acordado.
Dirigiu-se a janela, de lá avistou seu carro, um sopro de tranqüilidade atingiu seu peito, agora podia ir para casa. Foi o que fez. Ao entrar no carro, tentou fazer uma reconstituição de seus atos no intuito de lembrar o que havia acontecido, mas de nada se lembrou, nem mesmo do sonho que tivera.
Enquanto dirigia cenas vinham a sua mente, conseguiu lembrar de uma festa, mas logo sentia náuseas.
Em uma repentina sensação de dor e fraqueza, perdeu o controle do carro, bateu em duas árvores, e como estava sem cinto foi lançado contra o pára-brisa quebrando-o. A grandiosidade do impacto fez com que o rapaz se chocasse nas árvores.
De olhos abertos pôde ver, arvores sangrando, fogo, e logo veio a lembrança do sonho, mas onde estava a chuva? Não importava, ele não acordaria mais.




Por Welleson, 3º ano

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Esse muito obrigada vai para todos aqueles que fazem parte dessa idéia, que participam direta ou indiretamente. Espero que o prazer pela leitura e pela escrita aumente a cada dia e que vocês descubram como é bom escrever.

Obrigada também aos alunos que mesmo não tendo seus textos postados, fazem comentários e lêem os textos de seus colegas.

Beijos, amo muito vocês!!!

Por Lourena Gomes, professora organizadora.

Beleza interior.



"Como pode alguém nascer com uma aparência destacável e outro alguém nascer horrível?" A garota indagava consigo mesma. Por estar naquele descontentamento a respeito de sua estética, vivia a chorar e ao mesmo tempo se revoltar. Por que ela? Por que nascer desse jeito? Para ela, nem adiantava falar já sentia-se excluída do mundo, condenada.


Ela chorava e dizia que não merecia estar ali. Achava que não tinha mais prazer na vida; a morte era a melhor solução para seus problemas, cessariam-se os murmúrios. Certa vez, felizmente, mudou seu ponto de vista. Viu sua melhor amiga, que era belíssima, namorar um rapaz feio. Achou que ele também sentia-se culpado por sua feiúra. Entretanto, quando olhou com mais atenção, viu que o rapaz estava num ar de tran´qüilidade. O motivo era que sua namorada o considerava o máximo, sem se importar com a aparência.


O importante é que sejamos felizes do jeito que estamos. Assim, por dentro, ficamos belos.


Então a garota passou a pensar positivo. Aprendeu que as pessoas não são consideradas pela face ou pelo corpo, mas pela maneira de ser. É com felicidade que se vence os desafios. Quem ama reconhece a beleza interior. O amor é mais importante que a beleza física.




Por Yuri Rafael, 1º ano, manhã

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Uma hora cai a tinta.

Como azulejos pintados de guache
Como carro na chuva ácida
Coisas pintadas que ache,
Um quadro de dona Plácida...
Uma hora...
cai a tinta...

Não importa quanto você é bom,
Não importa o que você fez.
Se eu me importo com todos vocês
Em necessidade não mudam o tom
Uma hora...
cai a tinta...

Nos dedos, alianças banhadas;
No peito, um coração partido
Em tudo q foi vivido
Nas ruas, caras pintadas
Uma hora...
cai a tinta...

No asfalto, está estampado
O símbolo tão idolatrado
O povo então aplaudiu
a bandeira do Brasil,
mas uma hora...
cai a tinta...

Nunca importa a dor q sinta.
Não vai adiantar chorar.
mas ainda da pra agüentar
tentar segurar bondade na tinta mas...
Quanto tempo consigo segurar
a tão preciosa tinta?
Tinta que pintou minha alma
como asas de borboleta.
Sacrificaria a vida pela tinta?
Assim como fez uma moça calma
Assim como fez Julieta?
suponho q uma hora...
cai a tinta...

Mesmo assim sendo
Só acredito vendo
Vivo por essa razão...
Manter a tinta em meu coração!

Por Thyago Leitão, 2º ano manhã

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Pra que Estudar se o Destino é a Morte



Dias e noites estudando para a prova, tomei café, guaraná, tudo que me fizesse ficar acordado para estudar.
Nas escolas, não sei se perceberam, mas nunca diz: “Esse pode ser seu último dia de vida: não estude”. E sim: “Você tem vestibular ano que vem, se mate de estudar”. “meu Deus! Acho que vou morrer! Biologia, História, Matemática, é muita informação para um simples mortal.”
Dois mais dois é igual às vanguardas subtraídas da Era Vargas, nossa! A minha cabeça está uma bagunça. E se eu morresse hoje? Ia morrer sobre os livros, sem diversão, sem ter aproveitado a vida? Às vezes penso: Estudar pra que, se o futuro destino é a morte? Então jogo os livros na cama e saio. Depois bate um arrependimento, quer dizer, minha mãe trabalha muito para pagar o colégio e eu só me divertindo. Não dá, e volto a estudar
Meu Deus! A prova é daqui a cinco horas, ainda tenho que ler um capítulo de História, estudar os exercícios de Física, e já estou quase dormindo...
Se te horas! Estou atrasado! Vesti uma camisa, peguei uma maçã e sai. Quando vou atravessar a pista o carro quase me atropela, é! Estudar pra que se o destino é a morte.




Por Thainá Clotilde, 2º ano Manhã

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Meditações sobre o Cantar e o Ouvir



“Creu, creu, creu... creu, creu, creu...”.
Este é um dos mais novos SUCESSOS da música popular brasileira, que uma noite dessas ocupou horas do horário nobre de um determinado programa de televisão. Ao chegar em casa vejo membros da família, sentados prestigiando o tal do Creu. Do autor nunca ouvi falar, mas pela letra da música deve ser um poeta que juntamente com suas dançarinas que vestidas, ou melhor, despidas de micro-shorts e mini-blusas compõe, algo que os do ramo chamam de funk.
“Velocidade três: creu, creu, creu...
Agora na velocidade quatro: creu, creu, creu...
Eu confesso pra vocês que eu não consigo, mas vamos lá, velocidade cinco:
Creu, creu, creu, creu, creu...”.
E elas lá, com suas bundas e pernas a mostra para a televisa, vendendo o que para elas devia ser algo precioso, e talvez até seja, tão precioso que elas ganham dinheiro em cima disso, enquanto a apresentadora do programa vai ao delírio com a audiência nunca antes alcançada. Ali estou eu, impotente diante da máquina exploradora de baixarias que se chama televisão. Vejo minha prima de três aninhos dançar aquele projeto de música, enquanto os que estão a sua volta acham lindo tudo aquilo. Levo em consideração a sua idade e, por sorte, ela na sua ingenuidade não sabe ao certo que está dançando uma música chula de letra paupérrima fazendo apelações ao sexo e se deixar levar pela burrice dos pais. Nesse momento, vejo se confirmar dentro da minha própria casa que existe sim um processo de mediocrizar nosso Brasil.
Sabe do que lembro nesse momento? Dos milhares de profissionais que fazem música de verdade e que estão sendo deixados de lado. Vale o que os profissionais, se é que posso assim dizer, da mídia decidem. E eles sempre decidem pelo creu, pela Égüinha Pocotó, pelo Bonde do Tigrão ou até mesmo pela boquinha da garrafa. Onde estão Caetano Veloso, Roberto Carlos, Marisa Monte e Maria Rita nesse momento? Se surgisse hoje, um Djavan com seus vinte e poucos anos, não chegaria nem as rádios alternativas, porque alguém, no ápice da sua ignorância, está decidindo o que o brasileiro vai ver e ouvir algo que resulta na desmoralização do que hoje podemos chamar de música popular brasileira. A popularização do lixo, a vulgarização do corpo feminino, a lavagem cerebral nos adolescentes.
Imagino que música estará sendo feita daqui a vinte anos pela garotada de hoje que está sendo alimentada pelo Creu. Sinto-me ofendida e não me consolo em pedir para desligarem a televisão ou me retirar da sala, pois sei que milhões de brasileiros estão naquele momento assistindo o creu na velocidade um, dois, três, quatro e cinco sem perceber que a televisão está os chamando de burros.



Por Aiana Jéssica, 3º ano.

sábado, 25 de outubro de 2008


Rennan Mota, autor

Parado no alpendre de sua casa, João olhava para o horizonte tentando pensar sobre o que ocorrera na noite passada. Foi algo muito confuso e muitas eram as perguntas que passavam pela sua mente, deixando-o completamente atordoado. Respirava profundamente, pois uma dor começava a tomar conta de sua cabeça.
Um homem com uma máscara estranha invadira sua morada naquela noite pegando-o de surpresa. Foram momentos de terror. O desconhecido tinha a voz rouca que amedrontava ainda mais João.
Chamava João de malandro, vagabundo, cretino, palavras de baixo calão que ele jamais imaginara ouvir. Era um rapaz sério e não seria capaz de machucar uma formiga. Começou a ficar com mais medo quando percebeu que o homem estava descontrolado.
Foi nesse momento que João pensou em sua vida. E se tudo acabasse ali? Ele não aproveitara o bastante para que aquele fosse o ponto final. Queria brincar, namorar, além de realizar todos seus sonhos.
O estranho retirou uma faca de um dos bolsos, começou a passar pelo rosto de João, apesar de não feri-lo era tudo muito assustador. Deslizou o objeto pontiagudo no pescoço chegando até o tórax de João, brincava de uma forma satânica.
João pediu que tivesse paciência e não fizesse nada de que pudesse se arrepender no futuro. De repente o homem pára. Ele tremeu e pensou que aquele seria seu fim.
Rezas, promessas, juras, tudo João fez. Queria que aquela cena acabasse. O homem começou a chorar, chorava como um bezerro desmamado. Mesmo depois de todo o pânico, começara a sentir um pouco de pena daquele que nem conhecia.
Após minutos ouvindo o choro, João passou a achar aquele lamento familiar. Pensou, pensou e nada vinha a sua cabeça, a faca que continuava na mão do homem o preocupava mais do que reconhecê-lo.
Aproximando-se dele, este mandou que João abrisse sua mão e pegasse a faca. Não entendendo o significado daquilo, ele o fez. O homem com suas mãos segurou as de João e encostou a faca em seu peito, dizendo que não poderia fazê-lo sozinho e precisava de ajuda.
Em um gesto rápido ele tirou a máscara do desconhecido. Sabia que era alguém próximo e agora tinha certeza. Era seu melhor amigo que há alguns dias lhe declarou seu amor. Pedira para ficar com João, o homem estava apaixonado, e de uma forma rápida e seca, João disse que não dava certo.
João gritou para que seu amigo na tentasse se matar, não era por conta de uma decepção amorosa que a sua vida chegaria ao fim, não era o apocalipse, apenas um amor estranho e não correspondido.




Por Rennan Mota, 3º ano

Tráfico de Drogas


Estamos num mundo louco mesmo! Antigamente existiam poucas profissões, hoje existem muitas, como por exemplo o tráfico de drogas, uma área em crescimento, acesso fácil, boa remuneração e necessita de muita mão de obra. Apresenta uma hierarquia muito rígida, porém o traficante poderá crescer, passando para cargos "melhores".
Até respeito eles têm! A polícia "morre" de medo deles. A população os admira e os protege dentro de suas casa, se for preciso. Só está faltando o governo torná-los profissionais de carteira assinada, e estabelecer um piso salarial. Já pensou, greve de traficantes!? Esquisito, né? Bem que já existe lá nos presídios. Os governantes se fazem de cegos e não reconhecem a gravidade da situação.
Basta, precisamos acordar a população e os "cartolas" do poder! Invocar a rebeldia de revolucionários do nosso passado, se preciso for. As crianças, muitas delas, não possuem condições de estudo, então entram nas "escolas" e "universidades" do tráfico. O principal estabelecimento de ensino das drogas se encontra no Rio de Janeiro. É lá onde se gradua um traficante.
Acorda Brasil!!! Queremos educação, saúde e paz! Temos de melhorar essa situação.
Pra frente, Brasil!!!




Por Armando Júnior, 2º ano Tarde

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Jantar Surpresa



Quando o marido chegou em casa, a mulher já estava reclamando da vida, falta de dinheiro, ausência de lazer e o trabalho exaustivo dos dois naquela casa. Ele resolveu fazer uma surpresa, convida a todos para jantar em um famoso restaurante da cidade. A família toda vai para a parada do ônibus.O pai leva na mão, uma caixinha pequena, porém muito curiosa.
Chegando ao restaurante, conhecido pelos seus pratos caros, todos comem sem se preocupar com a conta. No final do jantar, ele pega a caixinha e de dentro saem duas baratinhas, colocando no prato que estava sobre a mesa. O que o homem não contava era com a presença do garçom, que passava recolhendo as bandejas apressadamente. Ele se desesperou, chegou tirando onda de rico e naquele momento, valia menos que um lavador de pratos. A mulher ficou furiosa, levando a bolsa com força à cabeça do marido.
Vendo que não teria outra solução a não ser pagar a conta que valeria dois meses do seu trabalho, chamou o garçom e mandou colocar no cartão, em dez vezes sem juros, pedindo um favor ao moço que esperava a sua gorjeta, que se colocasse os restos da janta em um pratinho para levar aos seus cachorros. As crianças logo se empolgam:
-Oba! Papai vai comprar cachorro!
O homem, baixa a cabeça, envergonhado.

Por Nayara de Oliveira Souza, 2ºano Manhã

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Cantigas infantis



Televisão, cinema, livros e até músicas, em todas as partes do nosso cotidiano nos deparamos com cada cena, cada situação. Refletir sobre elas é a melhor forma de ver como em uma simples música de ninar existe toda uma história bem peculiar.
Partirei de um canto que todos os brasileiros com certeza conhecem de cor, o nosso querido “Nana neném”. Ao analisar a letra da musica uma parte me chama atenção, “Nana neném que a Cuca vai pegar”, mas se a “Cuca” vem pegar, por que tão me colocando para dormir? Se eu tiver dormindo vou está ferrado!
E não pára por ai. Tem outro trecho que agrava mais a situação, “Papai foi pra roça, mamãe foi trabalhar”. Quer dizer que eu vou estar dormindo, a maldita da “Cuca” vem pra me pegar e ainda tem um pequeno detalhe, não vai haver ninguém em casa! Isso é uma sacanagem. Uma criança sozinha em seu berço, com um monstro mítico das histórias infantis a solta e atrás de mim, por sinal. Depois ainda tem os sacanas dos pais dele que não dá um cruzeiro pelo menino, saem de casa pois um tem um roçado para cuidar e outra vai trabalhar, deve ser nas “esquinas da vida”. Deviam pelo menos me deixar com uma espingarda, talvez ainda mato o bicho.




Por Vitor Valann, 3º ano

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Defenestrar


Existem várias palavras estranhas, mas uma me chama mais atenção: Defenestração. Tempos antes eu não sabia o seu significado, mas é uma palavra linda, deveria ter vários sinônimos. Galanteadores falariam para as moças:
- Defenestras? – a resposta seria um tapa na cara, mas alguma até defenestravam.
A palavra poderia ainda ser algo que mata insetos, assim as pessoas defenestrariam as suas casas, logo existiriam defenestradores profissionais.
Um dia criei vergonha na cara e busquei o seu significado, deriva do francês “defenestration” e quer dizer o ato de jogar pela janela, mas poderia ser um ato importante, já que não criaram palavras para o ato de jogar pela porta ou escada abaixo. Talvez fosse um ato em desuso, devido a altura dos prédios de hoje. A janela basculante foi criada no intuito de desencorajar tal ato.
Quem nunca sentiu vontade de jogar algo pela janela?
Na lua de mel no 17ª andar, a moça fala para o marido:
- Sou uma defenestradora! – o homem acha empolgante, mas em minutos se encontra na calçada lá em baixo, começa a juntar pessoas, como se fossem formiga no doce. O pobre falava num sopro de morte:
- Fui defenestrado!
Alguém comenta:
- E ainda te jogaram pela janela?!
Agora mesmo estou com vontade de jogar essa crônica pela janela, foi um desastre, mas se alguém estiver lendo é porque desisti.



Welleson, 3º ano manhã

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Eleições



Domingo é o dia da eleição. Todos os bares estão fechados, nas ruas somente os comentários. “Em quem você votou?”, “Quem será que vai ganhar?” não pode ter gente bêbada e nada de som alto, eleição é coisa séria.
Todo mundo sóbrio, sóbrio para escolher quem é o menos larápio. É difícil escolher. Um candidato diz que vai dar tudo certo, certo para ele, só para ele. Eu vou continuar morrendo de trabalhar. A outra fala de Fortaleza bela, bela na rua dela, onde moro não tem nem asfalto. O outro aparece com um obrigado Fortaleza... É uma seriedade nessas eleições!
Acho que o governo proibiu a venda de bebidas alcoólicas nesse dia de votação pra evitar que as pessoas incentivadas pelo álcool perdessem o medo e a vergonha e chegassem a um candidato desses e o espancasse, dissesse que no fim ia dar tudo certo, aí ele ia ver a Fortaleza bela quando ele chegasse no Frotinha. Queria ver se ele ia dizer: “Obrigado, Fortaleza!”




Por Alane Gomes, 3º ano.

Como tudo Começou


A idéia desse blog partir de alguns alunos que liam sempre meu blog e que começaram a receber elogios meus por seus textos, que estavam realmente muito bem escritos. Ao ouvir a idéia achei-a triunfante, uma vez que partia de jovens pré-universitários que estavam produzindos textos em aulas específicas.
A qualidade desses textos que serão publicados em breve supera a simples tecnicidade exigida em concursos, meus alunos se mostraram realmente LITERÁRIOS DO FUTURO, daí o nome escolhido.
Espero que o máximo de pessoas tenham a chance de ler textos escritos por pessoas comuns, mas que são de alto nível e bom gosto.
Abraços a todos,

Lourena Gomes