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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Heróis

Quando assistia desenhos animados aos sábados pela manhã, ficava imaginando como seria o meu herói, naquele tempo eu achava o máximo vê-los pulando de prédios para salvar mocinhas indefesas, sem contar o detalhe da cueca por cima da roupa que nunca encontrei uma razão para isso, mas dava um ar de extrema sensualidade. Ficava imaginando situações que correria perigo e ele estaria pronto para me ajudar.
Com o passar do tempo cheguei a acreditar que meus heróis lutariam pela igualdade social como o revolucionário Che Guevara, ou ganharia inúmeras corridas dando-me orgulho ao vê-lo no podium como o Senna. Uma vez ouvindo um dos meus artistas favoritos acreditei que “meus heróis morreram de overdose” e que essa geração que se indignava com a sociedade e entrava nesse mundo de experimentos podia ser até interresante, mas não, eu não queria morrer como eles, eu desejava um herói que me salvasse.
Novamente em frente à TV ouvi Pedro Bial se referir aos habitantes da famosa casa do “Big Brother” como “meus heróis”, e não entendi o motivo. Será que é porque eles conseguiam sobreviver aquela confortável estadia de poucos meses numa luxuosa mansão com piscina, ar condicionado, comidas gostosas, visitas de artistas famosos, ganhando automóveis e ainda concorrendo a um prêmio milionário?! Isso é ser herói? Nossa, quanto sacrifício... Se isso é o real significado, não desejaria esses exemplo de pessoa ideal.
Refletindo um pouco mais, descobri quem realmente teria quesitos para serem apresentados como heróis, os professores. Eles que se relacionam com jovens sonhadores todos os dias, têm em seu papel salvar, isso mesmo, salvar o sistema de educação que se encontra falido num país onde as pessoas não acreditam mais que a educação possa ajudar a melhorar todos os problemas estruturais como a corrupção, violência, falta de saúde. Eles que passam noites acordados fazendo planejamento, deixam de sair aos fins de semana para corrigir provas, se prontificam a ajudar no que tiver ao alcance deles, pelo menos é o que dizem. E possuem poderes, o construtivismo e a motivação que nos fazem continuar lutando por um futuro próspero.


Por Patrícia Pereira, 3º ano

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

A farda



Dentre as coisas que não serão apagadas da minha memória em relação ao colégio, a farda é uma delas. Na verdade não é mais apenas um uniforme e sim a minha segunda pele, assim como o Homem Aranha em sua roupa.
Ela não é diferente do Pinóquio, ganhou vida e nome: chiclete, se é que vocês me entendem. Ao descer as escadas de minha casa com uma roupa qualquer, escuto os choros e quando olho para trás, lá esta ela, a me encarar com aqueles olhos que de alguma forma não me deixam dizer não. Durante as férias, acordo às seis da manhã ouvindo um barulho que vinha do meu guarda-roupas, onde a farda estaria a se bater tentando libertar-se daquele cárcere.
Muitos domingos acordava cedo, atordoado, corria para vesti-lo, como se fosse um dia da semana, mas acabava despertando daquele momento de transe e notava o que estava fazendo agora era eu que ficava triste, por não ter que usá-lo. Já não era mais simplesmente, um adolescente e sua farda e sim um homem e sua amante.



Por José Barbosa, 3° Ano.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

A vocês...

A todos os literários do futuro um

Por Lourena Gomes

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Presentes

Quando vai chegando alguma data comemorativa, os corações vão se exaltando. Pensar no presente especial é crucial. Mas sempre tem aqueles desorientados que chegam para você e com a cara mais lisa do mundo lhe perguntam:
“O que você quer ganhar?”.
O sangue esquenta, o coração acelera e a brutalidade toma conta de você. Para quem não sabe, presente é algo surpresa e a pessoa que escolhe tem que saber o gosto da outra. Se fosse para o presenteado saber o que estava ganhando antes mesmo de receber, não precisava vir empacotado naquele papel super enfeitado, vinha dentro de uma sacola de plástico normal.
Portanto, ao presentear alguém, escolha você mesmo, faça o mínimo de esforço, quebre a cabeça alguns minutinhos e escolha algo legal, capaz de deixar alguém feliz.

Por José Barbosa, 3° Ano.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Felicdade!!

Tantas cores, imagens, poesias que no momento de ressaltar as belezas da vida, faltam-me palavras para descrever o verdadeiro significado da felicidade.
É saber aproveitar as belezas que Deus proporciona a cada pessoa, deixar que o vento as carregue além do infinito, sobre as profundezas da vida. Estar ao lado das pessoas amadas, pois a maior fantasia da vida encontramos ao lado de alguém querido, contudo, são nossos amigos, parentes, namorado que nos fazem felizes.
O espetáculo que o sol faz toda manhã iluminando o dia, clareando os olhos.
A beleza das flores, cada uma com sua cor e aroma.
Obter vitórias almejadas através de esforços e conquistas, aprendendo por meio deles enfrentar as dificuldades da vida, pois cada conquista gera uma imensa felicidade.
A alegria de ser feliz está dentro do coração de cada pessoa, só depende destas desabrochar a flor dentro de si e iluminar ao acordar as ruas por onde passam.

Por Natasha Oliveira, 3° Ano.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Carta



Caxias, 28 de setembro de 1864
Prezado amigo Alexandre Teófilo,
Tenho tido sensações atípicas ultimamente, aqueles estranhos pensamentos sobre minha vida peculiar, a distância do país me afetou de maneira arrebatadora.
Minhas introspecções rondam o meu ser, pois estou com Olímpia, mas sinto falta de algo, que acaba de me aflingir de tal forma que aliada a falta que tenho do país, empurra-me num desfiladeiro emocional no qual a queda é imensa e sombria.
Sinto informá-lo, mas não estou voltando para o Brasil pelas péssimas condições financeiras, devido o falecimento daquele a quem devo o que sou, meu pai, que me acolheu, deu-me estudo, caráter, enfim, tudo aquilo de que uma pessoa precisa para se tornar um cidadão.
Mando recomendações a você e a sua esposa, pois sabemos que és um excelente amigo a quem estimo muito, saiba que vou ao país assim que puder, porque as condições de vida não são suficientes para o meu regresso; como tem passado Feliciana? Por onde ela anda? Peço-lhe que me retorne esta carta pois preciso de noticias da minha amada pátria.
Antônio Gonçalves Dias.

Por Carlos Renan, 3° Ano.

domingo, 14 de dezembro de 2008

A Seca



Regada de sofrimento e de muito suor, a vida de um sertanejo não é nada fácil. Dias e dias sem comida na mesa. O plantio, que é o sustento da família, não prospera e a alegria começa a sumir do rosto das pessoas.
Terra rachada, gado morrendo e a água escassa. A seca não diz quando e nem onde vai acontecer, mas ela vem e traz muita tristeza e muita dor. Esse acontecimento está entrando no cotidiano dessa gente e ninguém faz nada para ajudá-las.
As terras que antes eram produtivas começam a sofrer com a desertificação assim como o sonho do “cabra macho” do sertão de ter uma terrinha para plantar e algumas cabeças de gado para tirar leite começa a desaparecer de sua cabeça, deixando essa gente acostumada com o pouco ou com o nada.
Lágrimas e suor se misturam na esperança de que algum dia a chuva volte a molhar aquela terra, de que os esforços de toda uma vida não seja em vão, de um dia a época de fartura e de alegria volte a rondar o rosto do sertanejo.




Por Rennan Mota, 3° Ano.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Coração



Terminando de ler a carta, abraçou-a contra o peito. Seu coração doía, devido as duras palavras escritas por seu amado. Lágrimas desciam pela delicada face.
Andou, em passos lentos, até o sofá, sentou-se. Por que tinha que ser tão difícil manter um namoro? Por que ele tinha que terminar tudo por uma carta?
Apertou mais a folha de papel contra si, as lágrimas intensificaram-se. Lentamente abriu os olhos esverdeados, sua expressão era sofrida.
Com as costas das mãos tentou enxugar os olhos. Quando voltou a abri-los sua expressão era diferente. Tinha raiva. Ele não merecia seu sofrimento.
A fúria guiou-a até um lugar que ela não conhecia. Escutou uma voz conhecida atrás de si. Virou-se; era ele. Sorriu olhando-o. Tirou do bolso a carta, mostrando-lhe. Ela o viu gargalhar.
Com a mão direita ela ergueu um punhal e lançou-a contra o peito dele. Vendo-o no chão, foi até ele e realizou seu desejo de ter o coração de seu amado. O sangue escorria pelos finos dedos femininos, enquanto apertava o órgão em sua mão.



Por Edilainy, 3° Ano.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Passei!!!!



Estava afetado com idéias que rondavam a minha mente fértil, devido algo que estava acontecendo comigo, uma sensação atípica que me trazia uma felicidade indiscutível, cujas minhas singelas palavras não podem comensurar a emoção que tomou conta de mim naquele dia.
Encontrava-me bastante tenso e nervoso, mas ao mesmo tempo confiante, quando conferi as prévias dos resultados, achava que poderia passar, mas tinha algumas desconfianças por conta da ansiedade com a qual me defrontava, mas já havia entregado tudo a Deus, porque só ele poderia me amparar.
Minhas mãos estavam gélidas, meu coração pulsante quase saindo pela boca, respiração ofegante, mas simultaneamente relaxado, como se estivesse em transe psicológico, fui olhar o bendito resultado da prova do vestibular, que tanto habitou meus pensamentos, não só os meus, mas a dos meus amigos que também fizeram esta avaliação.
Depois de controladas as situações adversas, o resultado não havia saído, então fui para casa , logo após saí para a igreja para pedir uma intervenção divina, de repente quando chego em casa minha amiga liga dizendo:
- Você passou!
Foi a melhor sensação de minha vida.



Por Carlos Renan, 3° Ano.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Ela

Ela era uma menina comum, dessas que se vê por aí. Nem alta, nem baixa. Tinha cabelos loiros, rosto pálido e era magra. Andava por aí, pelas ruas do Recife como tantas outras. Como tantas outras, não. Alguma coisa nela era diferente. Bastante olhá-la com mais atenção para perceber.
Era uma menina leitora também, lia como poucos da sua idade. Pelas ruas do Recife, andando livremente, levava sempre um livro nos braços. Eram livros pequenos e grandes, às vezes maiores que ela própria. Novos ou velhos, com a capa soltando, não se importava. De origem simples, ela queria ler. Monteiro Lobato, Alexandre Dumas, Júlio Verne... Quantos terá lido? Não se sabe. Lera muito. Era uma paixão inominável, a que sentia pela leitura! Desde sempre fora assim.
Lia e via o mundo. Olhava curiosa e atenta tudo ao seu redor. Tinha um jeito próprio de entender as coisas. O seu mundo era as ruas do Recife, por onde, com tal habilidade, andava. Assim cresceu leitora e curiosa. Tornou-se uma mulher singular.
Por Mateus (Teteus), 3º ano

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Ela



Era alta, esguia, tinha os cabelos escuros e um olhar que apenas os sonhadores reconhecem. Trazia o seu gosto pela leitura estampado da face, traduzido em olheiras profundas que aumentavam a cada dia com as noites perdidas. Costumava usar as madrugadas para se entregar à leitura e mergulhar no mundo dos seus autores prediletos, que era sempre melhor do que o seu.
Tinha origens humildes, mas não deixava que isso a impedisse de sonhar e algum dia conseguir tudo que lhe faltou na infância. Queria bonecas, mas não tinha; queria atenção, mas todos estavam sempre muito ocupados. Quando crescesse, montaria uma biblioteca no seu quarto, já que os livros nunca fizeram parte das prioridades dos seus pais. O salário era curto e as despesas eram altas. Precisava entender. Enquanto isso pegava livros emprestados com as colegas e freqüentava grandes livrarias.
Era uma criança introspectiva e, por esse motivo, não tinha muitos amigos. Também não sentia falta deles, já que a única companhia que precisava estava sempre nos seus braços e podia ser lavado para qualquer lugar. Cresceu assim: meiga, solitária e muito feliz. Aprendeu cedo que as pessoas sem sempre são do jeito que idealizamos e que a melhor maneira de viver é sonhar.




Por Érica Sales, 3º ano

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Ela



Não que ela fosse um exemplo de beleza, ela era uma moça simples e que no fundo não se preocupava com moda, com sua pele, muito menos com a sua paciência. O conhecimento era a única coisa que tomava o seu tão preciso tempo.
Humilde e sábia, Deus tinha sido generoso com ela, tinha uma pele lisinha, um cabelo bonito, que com um simples penteado, dava-lhe um ar angelical. Ela era branquinha com um copo-de-leite e delicada como o pôr-do-sol.
Sua ingenuidade era bela, era uma ingenuidade típica dos românticos. Sim, ela era como os românticos, parecia um ser utópico, um seu que só é visto nos livros e eram dos livros que ela tirava o seu modo de vida.
Não viveu o bastante e nem leu tudo para conhecer todos os perigos que a vida poderia lhe proporcionar, mas com o passar do tempo ela se tornaria uma mulher como poucas, uma mulher que saberia o que realmente é viver.




Por Rennan Mota, 3º ano

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O Candelabro



Parecia um pequeno candelabro sem velas, caminhavam do “estacionamento” (silenciosamente e em passos lentos) e entravam em uma casa. O domicílio era grande e de aparência luxuosa, porém era escuro e sombrio, não dava para ver a seu interior. Todas as janelas estavam fechadas menos a porta por onde entravam, que parecia um portal negro de onde nada mais sairia.
Olhava da sacada de seu apartamento, a atmosfera era densa: não passavam mais carros na rua, o vento frio batia em seu rosto e a solidão era a sua companheira. Não conseguia dormir, aquela cena o atormentava todos os dias. A cada noite, pessoas e mais pessoas penetravam na casa, mas nenhuma delas voltava. Não fazia sentido! Ele tinha que ver, precisava saber, aquele lugar o chamava.
Decidiu no dia seguinte que iria ao local. Foi pela manha. Continuava tudo trancado, sua tentativa foi em vão. Era persistente: vestiu-se da mesma maneira que elas e se infiltrou no horário da “reunião”. Todos entravam e não trocavam gestos ou palavras, ao adentrar não tinha mais ninguém, havia o candelabro a sua frente, depois não viu mais nada.



Por Fernanda Soares, 3° ano.

É Hora de Aproveitar...


Por muitas vezes dizemos: "ah, se eu soubesse...

Mas agora nós sabemos
Sabemos que é um ponto final.

Sabemos que a vida nos separa.

Então, é hora de aproveitar.

Aproveitar cada instante vivido,
cada sorriso dad ou recebido.
cada abraço, cada beijo.

Dizer que sentiremos falta um do outro é pouco,
Morreremos de saudade.
Então é hora de aproveitar...

Olhar com o maior carinho que tivermos no olhar.
Abraçar com todo calor que existir nos braços.
Escrever cartas,
Relembrar momentos...

É hora de aproveitar os últimos instantes.
Aproveitar a companhia um do outro.
Reforçar laço, fazer laços.

É nessa hora tão intensa
Que lhes digo:
Sempre será hora de aproveitarmos.
sempre seremos AMIGOS!!!

Essa é uma pequena homenagem aos meus alunos queridos, aos meus LITERÁRIOS DO FUTURO.

Por Lourena Gomes, coordenadora do blog.